Na Era Cristã, Nosso Sumo Sacerdote é o Senhor Jesus Cristo, Não Moisés
É bastante frustrante que, mesmo que já estamos na dispensação cristã, muitas pessoas ainda sejam afetadas pelas leis de Moisés, ao ponto de acharem que a dita lei é inconsistente com o estado das coisas na realidade, sua tendência é questionar a autenticidade da Bíblia.
Por exemplo, sob a lei de Moisés, a lebre havia sido classificada como impura e, portanto, não deveria ser comida porque “ela ruminava e não tinha pés fendidos”. De acordo com essa proibição, alguém me perguntou se tal pronunciamento não prejudicaria a autenticidade da Bíblia, na medida em que, na realidade, as lebres tem pés fendidos e não ruminam.
Primeiro de tudo, permita-me dar-lhe uma visão sobre as leis dadas por Deus, através de Moisés, para os israelitas - eles sendo as primeiras pessoas que serviram a Deus.
Na epístola do apóstolo Paulo aos Hebreus, uma das coisas importantes que ele escreveu dizia respeito às proibições sobre o que deveriam e não deveriam comer ou ingerir.
HEBREUS 9:10 diz,
sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias
abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo de
reforma.
Havia ordenanças relativas a carnes, bebidas e lavagens diversas, ou limpeza do corpo que lhes eram impostas até a época da reforma, implicando que havia um tempo determinado em que essas leis seriam reformadas. Houve um tempo determinado por Deus que essas leis seriam substituídas por outro conjunto de leis. E aquele tempo determinado havia chegado, de acordo com o apóstolo Paulo em HEBREUS 7:12, que diz:
Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também
mudança da lei.
Então, foi necessário que a lei fosse mudada porque houve uma mudança no sacerdócio. HEBREUS 3: 1-3 diz:
1 Pelo que, santos irmãos, participantes da vocação celestial,
considerai o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão,
Jesus,
2 como ele foi fiel ao que o constituiu, assim como também o foi
Moisés em toda a casa de Deus.
3 Pois ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés,
quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
Os versículos nos dizem claramente que o sumo sacerdote que havia sido substituído era Moisés, e seu substituto era o Senhor Jesus Cristo. Nesses versos, o apóstolo Paulo estava falando aos hebreus que se converteram ao cristianismo durante o primeiro século de nossa era, e não aos hebreus que permaneceram em sua religião judaica. Ele estava dizendo a eles que nosso apóstolo e sumo sacerdote de nossa profissão é o Senhor Jesus Cristo. Cristo foi encontrado para ser mais glorioso do que Moisés como sacerdote. Então, ele foi chamado de Sumo Sacerdote da nossa confissão.
Quando o sacerdócio foi mudado, havia também a necessidade de mudar a lei. E a lei que foi substituída foi a lei que foi administrada por Moisés. Foi substituído por outra lei.
ATOS 13:39 diz,
Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas
das quais não podiam ser justificados pela Lei de Moisés.
Verificou-se que a lei de Moisés era insuficiente para a justificação dos crentes na era cristã, porque na era cristã a justificação cabe ao Senhor Jesus Cristo. Em outras palavras, a fé dos cristãos deve ser baseada na lei de Cristo, e não na lei de Moisés.
Vamos ser definitivos. O que está sendo referido como a lei de Moisés?
MALAQUIAS 4: 4 diz:
Lembra-te da lei de Moisés, meu servo, que mandei em Horebe
para todo o Israel, com os estatutos e juízos.
Então, foi a lei dada por Deus a Moisés no monte. Especificamente, o que era essa lei?
ÊXODO 31:1 diz,
E deu a Moisés, quando acabou de falar com ele no monte Sinai,
as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo
dedo de Deus.
Eram as leis contidas nas duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus. E essas leis incluíam estatutos e julgamentos.
DEUTERONÔMIO 4:13 diz,
Então ele vos anunciou o seu pacto, o qual vos ordenou que
observásseis, isto é, os dez mandamentos; e os escreveu em duas
tábuas de pedra.
Portanto, a lei de Moisés sendo referida era os dez mandamentos. E essas leis, juntamente com os estatutos e julgamentos, foram destinadas aos israelitas. Por exemplo, havia estatutos sobre o que comer, o que não comer, o que beber e o que não beber que os israelitas tinham que observar.
Mas em nossa dispensação, não temos problemas sobre o que comer e o que não comer. No Novo Testamento, há outra lei que foi explicada pelo Senhor Jesus Cristo.
Em MARCOS 7:19, diz,
porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e é lançado
fora? Assim declarou puros todos os alimentos.
O Senhor Jesus Cristo declarou que o tipo de comida que os israelitas eram proibidos de comer não ia para o coração, mas apenas para o ventre. E ele havia limpado ou purificado todos eles. O apóstolo Paulo explicou em 1 Timóteo 4: 4-5,
4 pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser
rejeitado se é recebido com ações de graças;
5 porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas.
Assim, mesmo que seja carne de porco, que era considerada impura durante o tempo dos israelitas, na dispensação cristã, quando o sacerdócio foi mudado de Moisés para o Senhor Jesus Cristo, as carnes que haviam sido declaradas impuras foram limpas ou purificadas pelo Senhor Jesus Cristo. Eles são santificados pela palavra de Deus, pelo decreto de Deus e pela oração. Pelo poder da oração e pela palavra de Deus, as coisas consideradas abomináveis são purificadas. Portanto, não há mais nenhum problema em comer carne de porco, ou qualquer carne daqueles que não ruminam, ou daqueles que não têm pés fendidos.
Tenha em mente que estamos na era cristã. Nosso professor é o Senhor Jesus Cristo e não Moisés. Se somos verdadeiramente cristãos e acreditamos que estamos vivendo na dispensação cristã, devemos nos referir aos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo e não aos de Moisés. Moisés não é mais nosso sumo sacerdote, mas sim o Senhor Jesus Cristo. A revelação que o Senhor Jesus Cristo traz com Ele é a revelação que devemos receber agora.
HEBREUS 1: 1-2 diz:
1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas,
2 nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o
mundo;
Deus havia falado aos pais através dos profetas, mas nestes últimos dias Ele nos fala através do Seu Filho. Então, se quisermos saber sobre as palavras e ensinamentos de Deus, aprenderemos através do Seu Filho, não através de Moisés. Mas se você continuar observando as leis de Moisés, você está no caminho errado. Você está fora do tempo; você está fora do lugar.
Levítico 11: 1-7 diz:
1 Falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo-lhes:
2 Dizei aos filhos de Israel: Estes são os animais que podereis
comer dentre todos os animais que há sobre a terra:
Se você é um leitor meticuloso da Bíblia, já no verso 2, você perceberá que, se você é um brasileiro ou um filipino, você não é a parte a quem isso é dirigido, porque essas palavras foram destinadas apenas para os israelitas.
3 dentre os animais, todo o que tem a unha fendida, de sorte que
se divide em duas, o que rumina, esse podereis comer.
4 Os seguintes, contudo, não comereis, dentre os que ruminam e
dentre os que têm a unha fendida: o camelo, porque rumina mas
não tem a unha fendida, esse vos será imundo;
5 o querogrilo, porque rumina mas não tem a unha fendida, esse
vos será imundo;
6 a lebre, porque rumina mas não tem a unha fendida, essa vos
será imunda;
7 e o porco, porque tem a unha fendida, de sorte que se divide em
duas, mas não rumina, esse vos será imundo.
Neste ponto, permita-me dar alguns esclarecimentos sobre o versículo 6, porque esta é a parte que está sendo questionada por um leitor da Bíblia. Segundo ele, o que o versículo afirma é um desafio à autenticidade da Bíblia, porque o que ela diz é contrário à realidade. Afirmou que a lebre não deve ser comida porque rói e não tem pés fendidos, quando na verdade as lebres têm os pés fendidos e não mastigam nem ruminam.
Deixe-me esclarecer que o que os israelitas foram proibidos de comer eram animais, ou bestas, que ruminam e têm pés fendidos. Essas duas características devem estar presentes em uma fera em particular. Se uma característica estiver ausente, então, ela não deve ser comida. No caso de uma lebre, seus cascos estão divididos, mas eles não ruminam, então os israelitas foram proibidos de comê-la.
Mas, admitindo que Levítico 11:6 deveria ter descrito a lebre ao contrário, isto é, não rumina e tem os pés fendidos, ainda assim, isso não tornaria a proibição errada. Ainda assim, não deve ser comido porque uma das características de um animal que deve ser comido está ausente.
De fato, há pessoas que desafiam a autenticidade da Bíblia. Eles são aqueles que não consideram erro humano. Eles sempre culpam a Bíblia por erros que poderiam ter sido cometidos pelas pessoas que fizeram sua tradução.
Na verdade, as pessoas que questionam a autenticidade da Bíblia nunca ficariam sem problemas para levantar contra a Bíblia. Deixe-me citar um exemplo. A Bíblia classifica os morcegos como pássaros porque os pássaros voam por suas asas e os morcegos voam porque também são alados. Então, agora, pessoas que tentam desacreditar a Bíblia acusam a Bíblia de mentir porque, segundo eles, os morcegos não são pássaros, mas mamíferos. Vamos aceitar que um morcego é classificado como mamífero, a questão é, quem fez a classificação e quando foi feita a classificação?
Lembre-se de que, quando a Bíblia foi escrita, ainda não havia classificações sobre se uma criatura é um mamífero, um réptil ou um pássaro. A classificação aconteceu apenas muito recentemente, especificamente, milhares de anos depois que a Bíblia foi escrita. E a classificação foi feita apenas pelo homem. Quem sabia sobre os mamíferos durante o tempo de Moisés? A palavra "mamífero" foi inventada por Lineu apenas no século 18, enquanto o livro de Levítico foi escrito há mais de 3.000 anos (1512) por Moisés no deserto do Sinai.
Então, como você esperaria que a Bíblia classificasse o morcego como mamífero quando a palavra mamífero foi inventada apenas em 1758? Então, naquela época, a Bíblia estava absolutamente correta quando classificou o morcego como pássaro porque ele voa.
Mas se houve ou não pronunciamentos na lei de Moisés que não se encaixam com as características reais de certos animais na realidade, como o caso da lebre, para mim eles são imateriais. Ainda assim, a lebre foi corretamente incluída entre os animais que os israelitas não deveriam comer, porque suas características não satisfazem as qualidades de uma besta ou animal que eles poderiam comer. Embora a lebre tenha pés fendidos, todavia, não rumina, por isso os israelitas não devem comê-la.
Mas, visto que não estamos debaixo da lei de Moisés, mas da lei de Cristo, não há praticamente nenhuma necessidade de nos preocuparmos com os tipos de comida que os israelitas foram proibidos de comer. Primeiro, não estamos entre os israelitas que Moisés liderou, portanto a proibição não nos diz a respeito; segundo, Cristo limpou tudo o que foi considerado impuro durante o tempo dos israelitas; e terceiro, através do poder da oração, nossa comida poderia ser santificada.
Não nos esqueçamos, nosso Sumo Sacerdote hoje é o Senhor Jesus Cristo. E é melhor não duvidar da autenticidade da Bíblia.
[Aviso legal: Esta tradução em Português é realizada por nossos tradutores com máxima cautela com o melhor de suas habilidades. ControversyExtraordinary.com, contudo, não garante a exatidão de qualquer informação traduzida devido a vários fatores. Quando houver alguma discrepância entre a versão original em Inglês e a versão traduzida em Português, a versão original em Inglês sempre prevalece.]
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